DSS #047 | O excesso de confiança: Quando a experiência se transforma em risco

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O excesso de confiança: quando a experiência se transforma em risco

Confiar em si mesmo é uma qualidade importante em qualquer profissão. A autoconfiança permite que o trabalhador execute suas tarefas com segurança, iniciativa e autonomia. No entanto, quando essa confiança ultrapassa o limite da prudência, ela pode se transformar em um perigo silencioso dentro do ambiente de trabalho.

O equilíbrio entre confiança e cautela

Assim como a falta de confiança gera insegurança, o excesso dela pode levar à negligência. Encontrar o ponto de equilíbrio é essencial para que a autoconfiança se mantenha aliada da segurança — e não uma inimiga disfarçada.

Muitos acidentes acontecem justamente quando o trabalhador acredita que “nada vai acontecer” ou que “já conhece tudo”. Essa sensação de domínio total pode levar à redução da atenção, ao relaxamento nas normas e à exposição desnecessária a riscos evitáveis.

Comportamentos comuns causados pelo excesso de confiança

O excesso de autoconfiança pode se manifestar de várias formas no dia a dia, como:

  • Usar máquinas e ferramentas de maneira imprópria, seja por descuido ou brincadeiras;
  • Ignorar procedimentos operacionais, acreditando que “sabe fazer do seu jeito”;
  • Dispensar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por comodismo;
  • Acelerar processos, realizando tarefas com pressa e pouca atenção;
  • Desconsiderar sinais de falhas em equipamentos ou riscos no ambiente;
  • Desobedecer normas de segurança sob o argumento de que “nunca deu problema”.

Essas atitudes, embora pareçam inofensivas, aumentam significativamente o risco de acidentes graves — tanto para quem as pratica quanto para os colegas ao redor.

As consequências da autoconfiança em excesso

O trabalhador experiente é um recurso valioso para qualquer equipe, mas quando o excesso de confiança substitui o cuidado, o resultado pode ser desastroso. Atos inseguros, falhas por desatenção e a repetição de comportamentos de risco estão entre as principais causas de acidentes ocupacionais.

Além dos danos físicos, esses incidentes afetam o clima organizacional, prejudicam a produtividade e comprometem a credibilidade do profissional. Por isso, a verdadeira experiência se mostra não apenas na habilidade de executar, mas na sabedoria de respeitar os limites e as normas de segurança.

Como evitar que a confiança se torne um risco

Manter-se atento, seguir os procedimentos estabelecidos e utilizar corretamente os EPIs são atitudes simples, mas fundamentais. A segurança deve ser encarada como um compromisso contínuo, independentemente do tempo de casa ou do nível de experiência.

Algumas práticas que ajudam a manter o equilíbrio entre confiança e prudência incluem:

  • Revisar periodicamente as instruções e procedimentos da empresa;
  • Participar dos treinamentos e diálogos de segurança;
  • Evitar improvisos e atalhos operacionais;
  • Reconhecer que todo trabalho tem riscos, por mais rotineiro que pareça;
  • Dar o exemplo para os colegas, demonstrando responsabilidade e atenção.

Conclusão

Autoconfiança é uma virtude, mas só quando caminha lado a lado com a prudência. O profissional verdadeiramente seguro é aquele que confia na própria capacidade sem desrespeitar os limites da segurança.

Lembre-se: o excesso de confiança pode ser tão perigoso quanto a falta dela. Trabalhar com atenção, seguir as normas e respeitar os procedimentos é a melhor forma de garantir que a experiência seja uma aliada — e não um risco.

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